domingo, 6 de março de 2011

Poema - "Desperta"

Caríssimos leitores, olá novamente.

Bem, desta vez, deixo-vos por aqui um poema de minha autoria, já redigido há algum tempo, no dia 24 de Abril do ano passado.
Inspirando-me no lirismo de Fernando Pessoa e Camões, bem como no dia que se avizinhava, 25 de Abril, acabei por me deixar levar e eis o resultado:



"Abrindo os olhos lentamente,um povo irá reerguer-se certamente,
até que esse dia chegue, muito ainda ele terá que passar,
muito ainda ele terá de ver para que a esperança,
essa, volte a tornar-se um archote
que voltará a carregar
até à consumação dos dias de efémero deleite.

Adormecido tem estado o Adamastor
temido outrora por bravos e audazes.
Algo este aguarda,
um temor que irá despertar a besta
da sua realidade angustiada.

Ainda assim, porque aguardas, oh tu
pelo golpe fatal que te irá derrotar,
que irá colocar por terra toda uma história,
toda uma nação, outrora indomável, lutadora e inelutável
que não temia mesmo que pelo desconhecido tivesse de caminhar.

D'uma certeza precisas de tu novamente acreditar, oh Adamastor
que só tu capaz és de governar e fazer resplandecer
aquilo que ficaste encarregue de amar com a tua empobrecida alma,
sobre a sangrenta peleja, mas vitoriosa pátria
carregaste tu um insaciável estandarte que mais uma vez busca
um triunfante fulgor que irradiará para uma gloriosa alvorada.

"Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce.",
por isso pelo que aguardas tu, oh ditoso Portugal?"

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