domingo, 6 de março de 2011

"Portugal" e texto de opinião, por Ivan Alvarez

Eis que se ergue a uma nova voz neste vosso blogue.
Ivan Alvarez, pediu ao Estandarte da Resistência que publicasse um poema de sua autoria - "Portugal" -, bem como um pequeno texto onde exprime o seu estado de espírito, quanto ao que se passa no nosso país.
Aqui fica o que este nosso resistente escreveu.


“Reconquistando o símbolo do ser Português,
Erguendo confiantes o estímulo de um outrora marcante,
Lusitanos agora ou nunca neste mar de revolução,
Estruturando a origem de uma nova nação.

Liberdade, orgulho, armados de alma e coração.
A bandeira será coroada, o homem honrado e a mulher admirada.
Remando em conquista do que pode ser frente,
A cada passo nova ordem nacional, não mais miragem mental.

Povo meu, povo nosso, sou cidadão só eu posso.
Balas perdidas, espadas partidas, vidas nossas serão erguida,
Estimulados em determinação, será agora ou não,
Vitória de um novo amanhecer, marchando ao olhar de um novo acontecer!”


Temos há muito tomado como garantidas as vidas que vivemos neste Portugal, os nossos trabalhos, e os trabalhos de nossos pais. A educação, ou aquilo que o Estado nos faz acreditar, que serve os interesses do nosso futuro, não é mais que um oásis, e que mesmo depois de suor, lágrimas e sacrifício, nos custa deleitar de suas águas. Pois dizem que Portugal já deu o que tinha a dar, os tempos são outros, a nossa geração não tem futuro, mas que futuro podemos esperar de nós mesmos, quando nós próprios, enquanto geração, não falamos de nossa justiça? Não pomos de lado os medos e assombrações, para refazermo-nos enquanto povo, enquanto homens, mulheres, jovens e adultos, pois todos somos o País. Não é apenas a terra, as casas, o ouro debaixo da nossa terra, e muito menos aquele que apodrece nos cofres daqueles que dele se deviam envergonhar. Portugal sou eu, és tu, a tua família, a família de teus amigos e irmãos, todos os que querem dar vida ao que pode ser um novo futuro, um novo Portugal, um verdadeiro Portugal. O Portugal da nossa geração.

Com orgulho.

Esta foi apenas uma das primeiras vozes a se erguer.
Tal como este nosso amigo diz: "(...) mas que futuro podemos esperar de nós mesmos, quando nós próprios, enquanto geração, não falamos de nossa justiça?". Enquanto geração a que ele pertence, bem como eu e tu pertencemos, tal como todas as gerações passadas, chegou a hora de nos levantar e de falar de nossa justiça, bem como pela salvaguarda das gerações vindouras.

Ivan, muitíssimo obrigado pelo teu contributo.

Desta maneira, me despeço de vocês.
Até à próxima.

As vossas crónicas, textos e afins

Para responder a algumas dúvidas que já surgiram, referente à publicação de textos que vocês redijam e gostariam de partilhar com todos os leitores do Estandarte da Resistência, informo-vos, desde já, que deverão enviá-los para o seguinte e-mail: estandartedaresistencia@gmail.com - fica a vosso critério se se pretendem identificar, com nome, idade e localidade.

Todo e qualquer tipo de dúvidas que, também, vos possam surgir, deverão enviá-las para o mesmo e-mail.

Mais uma vez, volto a dizer-vos, este blogue é de todos nós. Quer que tenhas nascido em Portugal ou quer que  sejas de outra nacionalidade, vivas por cá ou no estrangeiro, o objectivo é dar voz a todos nós, exprimir-nos, contra a fantochada de que TODOS (sem excepção) temos sido alvo.

Mais uma vez, apelo-vos a que divulguem o blog. Vamos espalhar a palavra.

Cumprimentos a todos vocês,
Henrique Coelho

Poema - "Desperta"

Caríssimos leitores, olá novamente.

Bem, desta vez, deixo-vos por aqui um poema de minha autoria, já redigido há algum tempo, no dia 24 de Abril do ano passado.
Inspirando-me no lirismo de Fernando Pessoa e Camões, bem como no dia que se avizinhava, 25 de Abril, acabei por me deixar levar e eis o resultado:



"Abrindo os olhos lentamente,um povo irá reerguer-se certamente,
até que esse dia chegue, muito ainda ele terá que passar,
muito ainda ele terá de ver para que a esperança,
essa, volte a tornar-se um archote
que voltará a carregar
até à consumação dos dias de efémero deleite.

Adormecido tem estado o Adamastor
temido outrora por bravos e audazes.
Algo este aguarda,
um temor que irá despertar a besta
da sua realidade angustiada.

Ainda assim, porque aguardas, oh tu
pelo golpe fatal que te irá derrotar,
que irá colocar por terra toda uma história,
toda uma nação, outrora indomável, lutadora e inelutável
que não temia mesmo que pelo desconhecido tivesse de caminhar.

D'uma certeza precisas de tu novamente acreditar, oh Adamastor
que só tu capaz és de governar e fazer resplandecer
aquilo que ficaste encarregue de amar com a tua empobrecida alma,
sobre a sangrenta peleja, mas vitoriosa pátria
carregaste tu um insaciável estandarte que mais uma vez busca
um triunfante fulgor que irradiará para uma gloriosa alvorada.

"Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce.",
por isso pelo que aguardas tu, oh ditoso Portugal?"

sexta-feira, 4 de março de 2011

É a hora!

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!


Mensagem: III. – Os Tempos, “Nevoeiro”; Fernando Pessoa


Triste é o destino para o qual o nosso país caminha a passos largos.

Somos governados por senhores que em tudo menos são nossos representantes. São, nada mais, nada menos, do que representantes dos seus próprios interesses e defensores das suas disputas internas. Estes abutres, tentam alimentar, de todas as maneiras e insaciavelmente, as suas crias, roubando ao Sr. Manuel, que tem a sua tabacaria na esquina da rua dali de baixo, à família Costa, com o seu pequeno negócio, que outrora fora próspero, e à Sra. Lurdes, que tem de trabalhar mais de 8 horas por dia, a recibos verdes. Estes não passam de meras personagens do imaginário, que servem para representar a triste realidade que o Zé Povinho se depara no dia-a-dia. “Nem rei, nem lei”, já dizia Fernando Pessoa no ano de 1934 e passados 77 anos, permanecemos à completa deriva, com um barco a afundar, há muito tempo, a todo o vapor.

É por isso, que eu, apenas mais um português que faz parte do imenso Zé Povinho, decidi dar asas à minha voz da consternação e lançar este blog, “Estandarte da Resistência”. Irei publicar, ocasionalmente, crónicas, textos de opinião, exposição de situações que aconteçam pelo país fora e onde, o mais importante de tudo, vos irei dar voz, a vocês, que estão a ler, neste preciso momento, estas minhas palavras. Ficarei à espera das vossas críticas e mensagens. Não se esqueçam, mais uma vez, este blog é de todos nós, façam-se ouvir.

Chegou a hora de esquecermos o “deixa andar” e o “desenrasca” à parte, das conversas que ficam entre quatro paredes e combater a inércia e indiferença, de que tanto temos sido amigos até agora. É o momento de nos levantar, dar uso à nossa voz, ecoar o nosso grito de revolta e fazer renascer das cinzas este nosso grande e belo país que é Portugal.


Até à próxima e cumprimentos.

Resistente libertatis unum.